Nessa hora o que fala mais alto? A razão ou a emoção? No fim de ano é comum aumentar o número de pedintes nas ruas. Qual a orientação da Secretaria de Assistência Social? Nas avenidas da cidade ainda se vê placas: “Não dê esmolas”.
Atualização às 15h: A Secretaria de Assistência Social orienta que melhor do que dar esmola é doar para um projeto social
A crise econômica fez aumentar o número de pedintes nas ruas de Maringá. O dado é comprovado pelo Observatório das Metrópoles que sai a campo para um senso da população em situação de rua. A imagem dos pedintes sensibiliza a população que acaba dando esmola. É esmola, ou seja, como está no dicionário, é um socorro, imediato, não resolve o problema. Fomos às ruas perguntar às pessoas: vocês dão esmola? O Elias Pinheiro diz que sim, sempre ajuda.
Embora muita gente ajude com dinheiro, há muitos também que só ajudam com comida. Acreditam que desta foram não estão incentivando a mendicância. É o caso do aposentado Guilherme Cazoni, que prefere ajudar quem passa na porta da casa dele e não quem está nas ruas do centro da cidade. E nunca em dinheiro.
A situação dos pedintes de tão corriqueira está treinando o olhar das pessoas. O Guilherme Cazoni disse que consegue diferenciar quem precisa de comida de quem vai usar o dinheiro em drogas. A Juliana Mendes falu que não dá esmola.
Nós tentamos falar sobre este assunto com a Secretaria de Assistência Social. Mas a agenda, tanto da secretária quanto da gerente da área, estava muito corrida e não conseguimos.