O professor Reginaldo Dias, do departamento de História da UEM, avaliou a situação da cidade com a presença e colégios militares e coroneis na Prefeitura.
Avaliação Histórica
“Presença de militares não implica em militarização”, diz historiador
Por Victor Simião em 23/02/2019 - 12:30O fato de a prefeitura de Maringá ter coronéis da reserva da PM na atual gestão não indica militarização do governo. A avaliação é do historiador Reginaldo Dias. Especialista em política e na história local, o professor da UEM entende que o fenômeno é maior: a política deixou de dar respostas e aí, a população voltou a acreditar nos militares. No caso do Brasil, o maior exemplo é o presidente Jair Bolsonaro (PSL), um capitão da reserva do exército.
Em relação a Maringá, a CBN reportou o que a cidade está com dois colégios militares, tem uma secretaria de segurança pública, e além isso a Prefeitura quer armar a Guarda Municipal. Para Reginaldo Dias, não é possível afirmar que há militarização no governo, mas produzir este debate no momento é importante.
O sentimento de confiança nos militares vem com o sentimento de insatisfação com os políticos. Dias não prevê o futuro, mas imagina que um governo de quatro anos não se manterá defendendo ações militarizadas em nível federal.
Para o historiador, a judicialização da política é o principal problema da situação envolvendo governo, órgãos de fiscalização e partidos.