Prefeitura de Maringá gastou R$ 20 milhões em horas-extras em 2018
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Prefeitura de Maringá gastou R$ 20 milhões em horas-extras em 2018

Por Victor Simião em 04/01/2019 - 19:00

Quantia é 6,2% maior que a registrada em 2017. Número preocupa porque Executivo colocou medidas de redução para os secretários.

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A Prefeitura de Maringá gastou 20 milhões 550 mil reais com horas-extras para os servidores em 2018.No comparativo com 2017, houve um aumento de 6,2%. Se for descontado o reajuste salarial do ano passado dado ao funcionalismo, a elevação real ficou em 4,4%. Em 2017, o município gastou R$ 19 milhões 338 mil reais.

Em 2018 foram feitas um milhão 307 mil horas extras. Em 2017 foram um milhão 289 mil.

A quantidade de horas-extras é uma das principais dores de cabeça da Prefeitura de Maringá. Por conta do limite da folha de pagamento, que já está na categoria alerta, em 49%, foram dadas ordens de redução das horas-extras a partir de abril. Houve queda nos valores entre maio e agosto, mas depois tudo cresceu novamente.

Uma sindicância foi aberta no segundo semestre e convocou 102 servidores: os que mais vinham fazendo horas-extras. Os trabalhos de investigação ainda seguem internamente.

A Prefeitura em 2018 conseguiu aprovar uma lei criando diárias para servidores. O objetivo era reduzir as horas extras de quem viaja, como os motoristas. E em julho o Executivo publicou um decreto regulando o banco de horas. Essa iniciativa não foi aceita pelo sindicato dos servidores municipais, que entrou na Justiça e conseguiu impedir o funcionamento do decreto, que deveria ter entrando em funcionamento a partir de outubro.

O banco de horas que não começou a valer e a alta rotatividade dos servidores são as principais justificativas da Prefeitura para os gastos. Em 2018 cerca de 400 pessoas foram desligadas – e não houve reposição, segundo a Secretaria de Recursos Humanos. Por isso houve acumulo de trabalho, explica o secretário da pasta, César França.

A expectativa da Prefeitura é que neste ano haja aumento em arrecadações para diminuir o comprometimento da folha salarial. Além disso, pretende fazer novas contratações. A ideia é que com isso haja queda nesse tipo de gasto.

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