Em agosto, dois jovens negros foram chamados de “macaco” em Maringá. Agora, caso está no Ministério Público.
Inquérito finalizado
Polícia civil vê indícios de injúria racial em ação de racismo
Por Victor Simião em 18/09/2018 - 15:40A Polícia Civil de Maringá concluiu o inquérito sobre a ocorrência de um caso de racismo. O delegado responsável, André de Oliveira, diz haver indícios de crime de injuria racial. Os trabalhos da polícia foram finalizados nessa segunda-feira (17)
O caso de racismo foi registrado em agosto deste ano. O psicólogo Lucas Gabriel de 26 anos, registrou boletim de ocorrência na delegacia de Polícia Civil. Utilizando um áudio para comprovar as afirmações, ele contou à polícia que ele e a irmã sofreram preconceito.
Uma vizinha chamou o jovem de macaco, preto e outros insultos. A pessoa responsável pelas ofensas mora no mesmo prédio em que os irmãos residem.
O caso começou por conta de um problema envolvendo vagas de garagem do prédio, no residencial Cidade Nova, em julho. O jovem e a irmã deixam as bicicletas em uma das vagas e em algumas ocasiões, as bicicletas ocuparam também a vaga da vizinha, que não gostou porque o fato ocorreu mais de uma vez. E numa das vezes, a moradora xingou o jovem.
Agora, o inquérito está nas mãos do Ministério Público. O MP pode pedir novos depoimentos, dar continuidade ao que já foi feito ou então arquivar. No caso da continuidade, uma denúncia será apresentada à Justiça.
Segundo o delegado Andre de Oliveira, testemunhas e a investigada foram ouvidas. Ela passou a ser indiciada por injúria racial e o inquérito é sigiloso.
O Ministério Público tem 15 dias para tomar uma decisão relativa ao caso. A pena para o crime de injúria racial é de 1 a 3 anos de reclusão, mais uma multa.
Notícias Relacionadas
Notícias da mesma editoria
-
Suposto assédio
Núcleo Regional de Educação afasta servidor
-
Maníaco da Torre
Ministério Público está satisfeito com resultado
-
Maníaco da Torre
Roneys Fon Firmino Gomes é condenado a 21 anos e 4 meses de prisão