Gilson Aguiar: 'massacre de Suzano é fruto da solidão'
Imagem ilustrativa/Pixabay/domínio público

Opinião

Gilson Aguiar: 'massacre de Suzano é fruto da solidão'

Por Gilson Aguiar em 14/03/2019 - 08:58
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Como entender a violência praticada em Suzano? O fato deve ser entendido, mas não de forma isolada. Ele é mais um dos crimes em escolas que envolvem ex-alunos. O perfil é muito próximo dos que se sentem no direito de fazer a chamada “justiça pelas próprias mãos”. A violência que se pratica contra inocentes de forma devastadora.

Os criminosos demonstram sua superficialidade de entendimento da vida. Quem são e quem são os “outros” se explica por uma simplicidade agressiva. O inimigo é apontado e deve ser executado. A lógica que leva a execução desta prática é limitada, tem apenas resumos tolos e associações ridículas. Mas este raciocínio absurdo circula em vários meios, nas redes sociais são muitos.

O solitário executor, assassino, quando parte para este tipo de chacina, está tomando seu último ato. Em grande parte, sabe que vai morrer ou será assassinado. Raro são os casos em que o executor sai vivo. A solidão que move o assassino, levando a executar um grande número de pessoas, é querer fazer de sua morte um ato inesquecível de forma medíocre, mas não morrer sozinho.

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